Cap. 24 - Enfim, notícias!
Depois de uma semana recebemos notícias de meu pai, mas não como gostaríamos. Estava em um dos hospitais de Budapeste. Havia sido encontrado desacordado e sem documentos. O telefonema foi dado diretamente à minha mãe, numa tarde em que estávamos só nós em casa. Logo que desligou o telefone, minha mãe ligou para a esposa do Sr. Lasloz e ela pediu que esperássemos. Eles haviam ido uma cidade próxima, atrás de informações sobre meu pai. Um policial avisara que ele tinha sido reconhecido por uma família de refugiados e o Sr. Lasloz queria conversar com eles pessoalmente. Decidiram voltar no mesmo momento em que minha mãe contara que meu pai fora encontrado. "Espere, Labibah. Já entramos no carro. Em uma hora estaremos aí". Mas minha mãe não conseguiu esperar. O hospital em que meu pai estava era tão perto, que fomos andando. Em dez minutos chegamos lá. Só que houve um impasse. Crianças não podiam entrar na ala onde meu pai estava. Minha mãe entrou para vê-lo e eu fiquei sentado ...