Cap. 17 - Rumo a Subótica
Por que está nos ajudando? Kadar queria saber. O sérvio passou a falar um pouco sobre si mesmo. "Sou professor de história. Para mim, uma guerra, qualquer uma, nunca é do povo. Povo não faz uma guerra. Povo sofre a guerra." Continuou contando histórias de sua família, bisavós, avós, todos que haviam sofrido com alguma guerra. Virando-se para Kadar, afirmou. Você também é professor, posso ver". Não houve resposta e Alex aceitou. Compreendia a insegurança do homem sírio a quem estava ajudando. Ajuda é coisa incomum. Repetidas vezes, o motorista olhou pelo retrovisor. Para a estrada? Não. Alguém os segue? Também não. Ele observava atentamente os dois adolescentes no banco de trás. Chegaram a Presevo no final da tarde. Alex deixou-os bem próximos a uma grande aglomeração de refugiados. Com grande alívio, o grupo se infiltrou na multidão e foi até o centro de registro. Com grande frustração, reiniciavam sua tentativa de atravessar a Sérvia. Passaram a noite numa pequena ...