Cap. 2 - Adeus
Vamos! Vamos! Gritavam os homens em cima da carroceria do caminhão. Meu pai repetiu o que se tornaria um ritual nos próximos meses: fez subir minha mãe com Yusef no colo, depois Najma, depois eu e então ele, de um único salto. Diferente do que na fuga, haviam se preparado para a viagem. Pães e água, alguns doces, cobertores, algumas roupas para cada um, fraldas. Meu pai se certificou de que estávamos seguros dentro do caminhão, e sentou-se também. Tive impressão de que ele estava chorando. Minha mãe com certeza estava. A despedida dos avós não havia sido fácil. Os adultos lamentavam ter que ir embora, levar-nos tão pequenos para longe, para não se sabe onde, e todos os perigos que podiam acontecer, e os filhos de amigos que não deram mais notícias, e as crianças são tão frágeis, e as pessoas do outro lado não estão aceitando os estrangeiros, e vários outros "es". Mas meus avós viram como chegamos à sua casa, depois do bombardeio em Allepo. Estávamos empoeirados dos pés à ...